quinta-feira, 24 de julho de 2008

Será que o tronco foi extinto?

Por volta das 12h, sentada, no local de trabalho, olhei pela janela e vi um grupo de oito pessoas, todos terceirizados. Voltavam com uma marmita, cada um segurando a sua. Eles, quando não trazem a comida de casa, compram de uma pessoa que vende no estacionamento. Ganham R$ 400,00 por mês por 40 horas trabalhadas. Aqui, no trabalho, tem um restaurante, mas eles não têm dinheiro pra pagar a refeição. Mais tarde, na minha sala, surge uma mulher, também terceirizada, para entregar um documento. Entre uma folha de papel e outra, descubro que o pai de seus dois filhos a abandonou há tempos. Ela me diz que "se ele não queria ficar comigo tá bom, mas não fazer uma ligação pra saber como os filhos estão é triste". Com o salário que ganha, já citei acima, fala da dificuldade de pagar o aluguel de R$ 300,00 e de como é dureza não deixar faltar comida aos seus filhos. Ela conta que sábado e domingo passa roupa por R$ 20,00, mas se oferecerem R$ 10,00 ela passa. Conversamos mais, e ela sai.

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