terça-feira, 24 de março de 2009

Tentava uma leveza semelhante a da meninice distante.
Uma caixa próxima à cama abafava as muitas tentativas rebuscadas em reminicências.
Desde a infância fôra lançada às asperezas de um mundo real.
Agora, olhava o companheiro com seu ato desleal.
Gostava de poucas pessoas.
Tinha pouquíssimos amigos.
E gostava da solidão.
Amava a natureza.
Amava as crianças.
Amava a si e até, talvez, amasse aquele homem.
Quando gostava de alguém, gostava.
Quando não gostava, deixava pra lá.
Mas não apreciava proximidades.
Por uma ligação e alguns meses, viu-se uma tola.
Viu-se uma pessoa não fácil de se lidar.
Encarou a rasgadura na cortina.
Mais um sinal...

3 comentários:

Unknown disse...

Sou um passageirO. Embarco e desembarco sem realmente saber qual é o instante que realmente sou eu mesmo. Sou sonho. A matéria é empréstimo e perece. O sonho é eterno e permanece… Decidi fazer do que é real uma ilusão, e da minha ilusão a minha mais
verdadeira realidade…
Seria como tingir a água de azul.
Por instantes desejo que minhas mãos sejam flores e poder sentir o beijo do beija-flor…
Já que conheço o ruido de um tiro,
me nego a aceitá-lo, prefiro ouvir
o que conversam as árvores…
Outro dia diziam elas, que as estrelas são as flores que bordam o céu. Imaginação, loucura, ilusão…
Prefiro assim…

By Charles

Bel disse...

Sheyla ... vim te ver e depois de te ler nem sei o que dizer.
Nem sei se bem entendi. Mas deixo um abraço apertado que poderia te enlaçar carinhosamente, caso, tudo isso fosse experiência tua. Caso tudo isso provocasse dor ...

Bel

Elga Arantes disse...

Não entendi muito bem. Nem por intuição ou osmose sentimental, rs. Mas, também, quem disse que algo deveria ser compreendido, não é? Só sei dizer que a idéia da caixa ao lado da cama de deu arrepios (...)

***
Gostei muito que tenha ido me visitar. Sinto falta de sua "presença". Acho que foi o rompimento brusco. Lembro-me que quando começavamos a ensaiar uma aproximação mais estreita - para o mundo virtual (e-mail)- você decidiu ir-se por um tempo.

Adoro seus textos. E nesse, tateei na escuridão.

Beijos.