terça-feira, 31 de março de 2009

Por mais que tente lembrar o momento exato quando o fio daquele novelo começou a desenrolar, eu não consigo. Era para estar bem cuidado, é meu pensamento de agora. Certezas conflitantes têm interrompido meus sonhos. Ontem, não disse boa noite a você. E tem sido assim.... Ontem, como de costume, antes de colocar sua camisa branca na máquina de lavar, coloquei o colarinho para alvejar num balde de água. Você não deve ter visto. No domingo passado, aparei as folhas desgastadas da planta que agrada a varanda e, hoje, percebi o quão cintilante ela está. Você também não deve ter visto. De tudo, o silêncio embarga, e por mais que a musicalidade de outrora, ainda, exista, talvez a rasgadura na cortina torne-se, apenas, mais um retalho distante.

5 comentários:

Elga Arantes disse...

Por mais que me esforce, também nunca lembro quando o tal novelo começou a desenrolar, aqui. Hoje, não existe mais novelo, mas tenho tricotado um suéter bem colorido para os dias mais frios que tenho esperado.

Maus presságios a parte, espero que tudo se resolva e que as pessoas, por aí, comecem a se consultar, o mais rapido possível,com um oculista. Esse especialista sabe bem o que fazer com emaranhados de lã ou de linha.

Beijos

Karen disse...

Oi minha querida,
pois é, coincidência em nossas histórias contadas em OZ, acho que o mais triste é que nunca percebemos quando o novelo começa a se desenrolar e acaba se tornando uma novela. Tantas coisas feitas com tanto carinho, por vezes, passam despercebidas, e são esses pequenos detalhes que minguam sentimentos nobres, pois acabam por deixar dúvidas.
Contrária a nossa amada amiga, não faço mais questão de usar a lã que outrora foi um novelo. Decidi usar um novelo novo, este, tem crescido a cada dia.
Só espero que você ache logo essa ponta, e que tudo fique bem.
grande beijo.

Bel disse...

Espero que o tempo alivie!
Espero ...
Um beijo,
Bel

sblogonoff café disse...

Ah, não...
A falta de percepção zomba dos sentidos.
Quem tem olhos de ver, que enxergue.
Uma bala no pote não tem gosto de nada, até você tirar do papel e colocar na boca.
Pequenas indiferenças também são insípidas.
E quem é que gosta de viver assim?
E mesmo sem saber como começou a desenrolar, é possivel sair em busca da ponta!!
Né?!
Beijos, moça!

Helena Castro disse...

passei aqui para te visitar! saudades de vc.

beijos,
helena