sexta-feira, 1 de agosto de 2008

DONA JOANINHA

Em 1981, aos 10 anos de idade, eu caminhava e corria devagar pelo eixão na altura da 111 Norte, em Brasília. Ao meu lado, estava Dona Joana conhecida carinhosamente como Dona Joaninha. Lembro-me dos sorrisos serenos, iluminados pelos raios daquela manhã ensolarada e refrescante que tínhamos no rosto. Em algum momento daquela caminhada, Dona Joaninha fez um aceno com uma das mãos indicando um tchau ou um até logo. Com aquele aceno, ela mudou de direção. Repeti o mesmo gesto e ela se foi com um sorriso manso que cintilava em seu corpo. Em outro momento, despertei em Juiz de Fora, Minas Gerais. Algumas horas depois, o telefone tocou e, por certos instantes, uma breve ventania percorreu todos os espacinhos mais recônditos do meu ser. Tempos depois, entendi que o privilégio daquela alegre despedida não mais seria esquecida.

5 comentários:

Claudia Pimenta disse...

oi sheyla! lindo - pura poesia! bjs!!!

Unknown disse...

Oi amada, quanta beleza ... e eu nem conheci dona Joaninha...

Karen disse...

Nossa que lindo.
Existem pessoas que não acreditam em certas coisas, mas eu já vivi episódios bem parecidos e sei que realmente os sinais estão por toda parte basta percebê-los.

EStou aguardando a historia do sobrinho...

bjs bjs

Sheyla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vica disse...

Sheyla, aqui em Porto Alegre o Um Beijo Roubado não está mais em cartaz. Beijo.